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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A ‘bicuda’ que nos fisgou

No último domingo de agosto, logo cedo fomos à peixaria do Joel buscar o que havia ‘chegado’ do mar com o rigoroso frescor com que todos os frutos do nosso mar de Zimbros são capturados, cuidadosamente limpos, comercializados e servidos por todos os companheiros de vida que lá moram.
A escolha não era convencional, já que necessitávamos de um peixe grande, macio e de gracioso sabor para ser assado ou grelhado inteiro. Lá, em se tratando de peixe, fugir do tradicional é regra, mas nem sempre a nossa escolha satisfaz a todos os paladares. Mas para bom conhecedor, uma pergunta basta e, com ela, sugestões diversas do Cido, do Zorro, do Joel, do Evandro... devem ser aceitas. E como três adoráveis pessoas iriam partilhar a refeição em casa (Tomate, Fernanda e o pequeno Luca), pessoas estas que o destino tratou de colocar no nosso caminho à beira mar, o delicado sabor foi questão de ordem.


Mas, no nosso Mediterrâneo (Zimbros) este quesito nunca foi problema. Seja das pequenas maria-luísa (também conhecidas por pescadinha, roncador, socozinho...) limpas à perfeição, com todas as espinhas removidas pelas mãos abençoadas da amada Benta (minha mãe, que mora em Zimbros), sororoca, namorado, cavala, guaivira ao cação e à garoupa perfeitos para uma moqueca, tudo é carregado de frescor.
Desta feita, entre os variados e adoráveis tipos de pescada, a ‘bicuda’ foi a fisgada. Que este é o peixe mais consumido no Brasil já sabemos. Que nenhum outro (considerado por muitos de segundo escalão) alia um sabor sem igual a tantas outras vantagens naturais também. Mas, da ‘bicuda’, ainda naco algum havia sido provado. Pois bem: reparado com toda a simplicidade com que todo pescado fresco deve merecer, foi apenas levada para casa já limpa, sem as vísceras.
Lá, foi lavada, temperada com sal e pimenta, passada para uma assadeira forrada com papel alumínio. No mais, besuntada com azeite e alecrim picado, e coberta com cebolas em rodelas mais vinho branco e lacrada. Forno adentro, foi assada por cerca de 30 minutos. Depois deste tempo, o bom mesmo é remover o alumínio, e deixar por mais 20 minutos, apenas para que a ‘bicuda’ adquira um tom dourado.

Consumo, abundância e sabor sem igual
Nenhum outro peixe da orla brasileira alia sabor, qualidade, benefícios naturais e versatilidade no preparo. Logo, preço acessível. Então, vamos às pescadas. Quando pequena, apenas empanada na farinha, frita em imersão e banhada de suco de limão rende um petisco sem igual; ou mesmo, envolta em um naco de pancetta e uma fatia de gengibre e depois frita resulta em um sabor inesquecível.
enroladitos Zimbros, com pancetta e gengibre


pescada-branca grelhada
A pescada-branca, feita em filé, salteada na chapa proporciona categoria a qualquer cardápio. Inteira, recheada com ervas frescas e servida com paçoca de ovas de tainha, não tem o que falar. Enfim, a pescada merece louvor e deve ser colocada à mesa. Em qualquer circunstância, seja a branca, a amarela, a bicuda......o cardápio merecerá respeito.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sororoca grelhada com carreteiro de cereais


Mais uma vez passamos a Páscoa em Zimbros e diante da fartura de frutos do mar existentes por lá dá até preguiça de pensar em pratos muito elaborados. A vontade é simplesmente grelhar um peixe, saltear uns camarões e curtir a tranqüilidade zimbreira; se divertir com as crianças correndo felizes (brincando de “boi” ou polícia e ladrão); puxar uma conversa com um vizinho ou tirar aquela soneca na rede. Mas ocasião especial merece um belo cardápio, já que víamos a movimentação de toda a comunidade em torno da refeição principal. Saímos então em busca de um robalo fresco, mas, para nossa tristeza, outros fregueses de seu Joel (nosso principal fornecedor) já tinham acabado com seu pequeno estoque. Para compensar nos ofereceu uma linda Sororoca, que rapidamente se transformou em dois belos filés. Enquanto acendia a churrasqueira para grelhar o pescado, Baby preparou um inusitado "carreteiro" feito com  mix de cereais, costela defumada no Pastifício e leite de coco. Combinou bastante com a leveza do peixe, deixando a Páscoa ainda mais feliz para a dupla. 

P.S - Para completar, a tradicional procissão da sexta santa, que começa ao rair do dia, não pode ser esquecida. Unida aos ‘locais’, as fiéis caminham pelas servidões e param em frentes às casas, que abrem suas janelas para agradecer a dedicação e as orações. 

Carreteiro de cereais
Ingredientes (para duas pessoas)

- ½ xícara de chá de arroz (mix de cerais);
- 3 xícaras de chá de caldo de peixe (caseiro, elaborado com aparas de peixe e temperos frescos)
- 1 bulbo de capim limão fresco cortado em finas lâminas (1/2 colher de sopa) – cortar somente onde o bulbo estiver verde bem claro, nas pontas;
- 1 cebola roxa cortada finamente
- 100 gramas de costeletas de porco defumadas cortada em cubos bem pequenos
- 2 dentes de alhos cortados em lâminas finas
- 50 gramas de bacon
- 1 pimenta dedo de moça
- 1 maço de cebolinha verde, com talos bem picados (cerca de ½ xícara). Separar os talos para o cozimento e as folhas picadas para a finalização;
- 1 talo pequeno de salsão, com folhas – bem pequeno ( no caso, era orgânico. Com isso, rendeu cerca de 1 colher de sopa);
- 50 ml de leite de coco
- 50 ml de azeite de oliva
- 2 doses de pinga
- 1 folha de loro
- 1 naco de gengibre ralado
- sal a gosto
Modo de Preparo
- Aquecer o caldo recém preparado
- em outra panela, colocar o azeite e acrescentar os defumados (costeletas de porco e bacon). em fogo baixo, dourar bem, mas não deixar secar;
- Adicionar as lâminas de alho até exalar o perfume;
- em seguida a cebola roxa, a pimenta dedo de moça, o gengibre,  os talos de salsinha e o loro. Incorporar bem todos os ingredientes;
- Colocar a pinga e deixar glacear virando um pouco a panela em direção à chama para que o fogo se espalhe bem;
- Colocar o caldo e deixar ferver, em fogo baixo, por 10 minutos. Com isto, os defumados soltarão todos os seus aromas
- Logo depois o arroz e os demais temperos, inclusive o sal;
- Deixar incorporar bem;
- Acrescentar o caldo de peixe;
- em fogo baixo, cozer por cerca de 20 minutos;
- quando estiver praticamente seco, adicionar o leite de coco. Mexer bem, tampar a panela e desligar o fogo.
Sororoca Grelhada
Ingredientes
-  1 file de sorororoca sem espinhas mas com a pele;
- 1 maço de manjericão;
- 1 dente de alho;
- 100 ml de azeite de oliva;
- Sal;
Modo de preparo
- antes de pensar em comprar o peixe, aqueça a grelha para preservar brasas quentes e a churrasqueira, no caso pequena, de alumínio;
- Lavar bem o file de peixe e secar com papel toalha;
- Moer todos os temperos num almofaris para que se incorporem melhor;
- Passar esta marinada por todo o peixe, massageando delicadamente
- Deixar o peixe descansar por 20 minutos;
- colocar o peixe na grelha com a pele para baixo por 10 minutos;
- Com o auxílio de uma espátula, virar o filé e grelhar o outro lado.
Servir imediatamente com o Arroz de defumados.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sororoca grelhada

















Em se tratando de peixes aprendi que 'o menos é mais' - parafraseando o chef Jamie Oliver, no livro A Itália de Jamie. Recentemente conheci a Sororoca. Bom....Sororoca? Não é pescada branca não? Benta, cozinheira do restaurante Franciele, afirmou que é um dos melhores para se comer grelhado e descobrimos após já ter traçado um filé alto, de carne firme, temperado apenas com sal e pimenta do reino. Bom, como em Zimbros
encontramos com abundância peixes deliciosos, frescos e, muitas vezes, desconhecidos do nosso vocabulário, fomos em busca de novas Sororocas na peixaria das Meninas. Depois de limpo, a carne dos filés nos dá água na boca. Corremos para casa com dois filés de aproximadamente 500 gramas cada.

Temperar com sal e pimenta.
Passar os filés rapidamente na farinha de trigo e tirar o excesso.
Aquecer grelha e untar com azeite de oliva. Grelhar por, no máximo, 5 minutos de cada lado, até ficarem dourados e crocantes. Pronto. Chegou a hora de degustar nossa Sororoca.

Mas não ficou aí! Exatamente neste momento, outra Benta, a Benta do Cido - pescador zimbreiro de muitos anos - nos presenteou com alguns filés, já empanados, recém saídos do mar. Ainda não descobrimos que peixe é, mas nos proporcionou puro deleite. Para acompanhar, uma salada fresca (beterraba e cenoura raladas crua, e uma farofa de embutido com ervilhas frescas.