quarta-feira, 2 de março de 2016

Fada Marinha transforma cozinha em conto de fada

Um longo e perfumado pau de canela. Na ponta, uma estrela do mar, de feltro, ladeada por fitas de seda, todas cor-de-rosa. Lógico. Só pode ser a Fada Marinha. De um dia para outro ela se concretizou e com seu condão de estrela do mar fez tudo acontecer.  
O distante se tornou próximo. O rapaz – apenas um conhecido - transformou-se em grande parceiro para uma bate-papo acalentador, daqueles que só existem entre companheiros de muitos anos. O cachorro ‘jaguara’ que morou por dois meses numa caixa de papelão foi ‘comprado’ pela Fada Marinha. Ganhou um lar e, por vezes, uma gravata. Para sentir-se mais importante passou a ser chamado de Jaguarão! A garota Mabel recebeu da menina encantada o título maior, a de Mãe Marinha!! Não poderia ser diferente, já que ela mais o rapaz – o amigo do menino do beco encantado que o elegeu companheiro para conversas acerca da vida -, são os pais da Fada Marinha!!! 


BATATA GRATINADA À PERFEIÇÃO
Garoupa à milanesa finalizada com farinha panko

Com isso, para as comemorações semanais, o condão de estrela do mar fez as batatas pularem do cesto e se tornarem macias, douradas e perfumadas. Transformaram-se nas deliciosas batatas gratinadas. A garoupa, ahhhhhhh, a garoupa. Certa noite, numa sexta-feira de fevereiro de 2016, transformaram-se em pérolas do mar. Nacos altos, brilhantes e macios do peixe mais amado da família Marinha chegaram à mesa da Fada em postas crocantes, passadas no trigo, depois nos ovos com gema caipira, repousando em farinha panko. Com isso, os pedaços do peixe (que adora viver entre as pedras, no fundo dos oceanos) repousaram na mesa em formato distinto. Mais parecia comida do mundo das Fadas Marinhas, que, naquele dia, serviu a todos com seu frescor, sabor e beleza.


Em seguida, 
para o delírio da Fada, sem nem perceber, tocou o condão marinho nos morangos frescos arremessando-os sobre um sorvete tricolor. Para completar o jantar na casa do beco encantando (servidão Tijucas), a Fada Marinha fez o Canto ganhar ainda mais encantos e..., quando menos esperávamos, a nossa casa - há 11 anos já encantada - Virô Bistro!!!!!!!!!!!!!!


Como se não bastasse, a vila (Pousada Zimbros) ganhou nome e sobrenome: Vila de Zimbros e no primeiro verão deixou saudades em quem por lá passou. Obrigada família Marinha!!!


sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cuscuz de quinoa à nossa moda

Foto: Silvinha Miranda
Cuscuz de quinoa 
Penso que há tantas receitas e ingredientes variados, que o cuscuz poderia chegar à nossa mesa de forma distinta a cada dia da semana. Para começo de conversa, o prato ganhou sobrenome predominante – paulista -, que, por vezes, o designa desta forma mesmo quando preparado de forma diversa.

Foto: Silvinha Miranda 
Fato é que se trata de um prato de fácil preparo, saudável e proporciona beleza à mesa. E inspirados em duas receitas tradicionais brasileiras, bem diferentes na concepção (o nordestino e o paulista), inúmeras receitas podem ser elaboradas. Desta feita, cuscuz de quinoa. Quitute que além de belo e saudável, agrada a gregos e troianos, quer dizer, aos vegetarianos e aos adeptos de refeições boas (independente do ingrediente em questão).
Para a receita, usei 500 gramas de quinoa. Para que o ingrediente possa ganhar formato – ficar firme durante a montagem, agreguei 200 gramas de farinha para quibe demolhada por 2 horas. Para proporcionar crocância, 100 gramas de amendoim sem pele, torrado e salgado, e 50 gramas de uvas-passas negras (sem sementes). Para dar sabor, sal, azeite de oliva, uma maço de salsinha bem picada e uma pitada de cominho. Para finalizar, dois ovos cozidos cortados em finas lâminas e quatro damascos desidratados, também laminados.
No mais, uma forma oval (usada comumente para o preparo de pudins) pequena, que deve ser untada com azeite de oliva. No fundo e na lateral, distribuir as fatias de ovos e damascos. Depois, preencher com a mistura temperada e remexida de quinoa e o trigo para quibe. Apertar bem na forma. Deixar descansar na geladeira por 2h. antes de desinformar, passar, delicadamente, uma faca nas bordas (externas e interna). Coloque um prato sobre a forma e desinforme. Pronto para ser degustado.

O sabor especial deste prato ficou por conta da tarde para lá de agradável que tive ao lado de Sil Miranda  (fotógrafa das melhores) e Lu Martins (doces mãos quituteiras), já que além de parceiras profissionais são companheiras de vida e da nossa única Vila Ida!! Obrigada meninas pela reunião de trabalho e pelos devaneios à cerca de tudo e todos.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Porquinho do mar

Peixes servidos com espinhas por vezes incomodam algumas pessoas, que até deixam de prová-lo pelo receio de engolir uma ou outra. Mas não há como negar. As espinhas proporcionam um sabor incrível à carne do pescado, assim como mantém toda a umidade na hora do cozimento. E há algumas espécies, a exemplo das mais carnudas, como o ‘porquinho’, que quando ainda pequenas – limpas à perfeição -, passadas na farinha de trigo e fritas em imersão proporcionam uma degustação sem igual. A espinha central é facilmente removida e, no mais, é simplesmente devoção. Devoção a mais uma das delícias que o mar de Zimbros oferece aos profissionais da pesca que a ele (mar) dedicam suas vidas, proporcionando aos parceiros de terra refeições díspares. E vamos ao ‘porquinho’, que fica crocante por fora e úmido por dentro. No mais, é puro deleite.

O porquinho é apenas um exemplar de pescados feitos a esta moda - livres das escamas e barrigada, com cortes transversais na carne e temperados com limão, sal mais pimenta. Depois, fritos inteiros em imersão. Por todo o país há incontáveis exemplares, que chegam à mesa assim (tambaqui, tucunaré, dourado, vermelho...)
. Simplesmente peixe, como somente peixe sabe ser!!!!

Obs.: O apelido porquinho é devido aos “roncos” que estes peixes emitem, semelhantes aos do mamífero. Mas, como não poderia deixar de ser, decorrente da extensão do nosso litoral, o mesmo pescado tem nomes diversos, a começar pelo  porquinho e peixe-porco (Sul e Sudeste); já os mineiros (MG) e cariocas (RJ) o chamam de peroá os nordestinos ,como cangulo. Além dessas, há outras designações para esta delícia: fantasma, acará-mocó e pira-açá. 

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Batatas gratinadas à perfeição


Coube a minha irmã perpetuar. Coube a ela também disseminá-lo como ‘o melhor prato que há’. Agora, pelas bandas de Curitiba (PR), 

cabe a Gabi (Gabriella Basso Ravazzani) minha sobrinha, difundir a receita das ‘Batatas gratinadas à perfeição’, já que aprendeu a reproduzir o quitute com habilidade. De minha parte, não vou negar. Quando criança era o meu prato preferido entre os que desfilavam nos festivos encontros familiares. À época, a vó Ida preparava-o de forma diversa. Entre as camadas de batatas ao dente, molho bechamel liso e cremoso mais queijo (muito queijo), a vó Ida agregava uma de cebola (dourada à parte na manteiga), que depois compunha a receita. Mas, a exemplo de todos os pratos que carregam histórias, adaptações fazem parte. Então, a irmã disseminadora do quitute, excluiu essa etapa, já que não é chegada em cebolas, que possam ser avistadas em demasia. 

Um pouco distante de Curitiba, eu continuo preparando delícias para pessoas que se divertem com comida boa. Comida de alma, feita com o coração. Pois bem. Encontrei outra trupe apaixonada por batatas: Mabel, Júnior e seus adoráveis filhos (Maria Amália e Luana), pessoas para lá de estimadas, que têm ajudado a fazer o canto de Zimbros...Virô Bistrô, ops, a se tornar uma extensão do Pastifício Dell’Amore, em versão zimbrera. Assim, casais adoráveis têm passado por aqui para degustar pratos tradicionais brasileiros; pescados frescos trazidos do mar pelos nossos companheiros profissionais da pesca; moluscos, saladas e antepastos. Bem, entre os frequentadores assíduos, a família Dobner ‘Júnior’ já elegeu a receita perfeita para acompanhar os outros preparos: ‘Batatas gratinadas à perfeição’.
Camadas
Batatas cozidas ao dente, cortadas em lâminas não muito finas
Molho bechamel feito à perfeição (1 ½ de leite, três colheres de manteiga, três colheres de farinha de trigo, noz-moscada ralada sobre a manteiga, em boa quantidade e sal)
Queijo parmesão para finalizar
Queijo mozarela firme, de boa qualidade, para ser ralado na hora.
Estes ingredientes vão compor as camadas do prato que, ao final, vai ao forno para gratinar.
Obs. Quando for colocar o molho bechamel sobre as batatas sempre coloque no meio e distribua (com uma colher) por cima das demais. É importante usar um prato redondo, de bordas altas. Assim, enquanto gratinar a delícia, nada vai escorrer.
Ingredientes (para cinco pessoas)
- 1 kg de batatas descascadas, cozidas ao dente. Tirar da água assim que espetá-las e sentir que ainda têm uma resistência. Se os tamanhos forem muito diversos, retire as menores primeiro e assim sucessivamente. Coloque-as no escorredor e deixe o líquido escorrer e evaporar dos tubérculos. Assim que esfriarem, corte-as em fatias não muito finas, que não se desmanchem. O ideal é cortá-las enquanto monta o prato.

Modo de preparo
O ideal é que as batatas cozinhem enquanto prepara o molho bechamel (molho branco). Assim, as batatas serão laminadas sobre o molho já pronto.

- No mais, ir ralando os queijos e intercalando camadas. A primeira, é de bechamel (molho branco). Depois as batatas, que devem preencher todo o prato, bechamel, mozarela. Assim, consecutivamente. A última deve ser de molho (sem exagero para que não escorra para fora do prato) e, para finalizar, parmesão relado grosso. Colocar no forno por cerca de 20 minutos, até gratinar (dourar) toda a camada superior.

Há um gosto todo especial em fazer preparar um pudim ou um bolo por uma receita velha de avó. Sentir que o doce cujo sabor alegra o menino ou a moça de hoje já alegrou o paladar da dindinha morta que apenas se conhece de algum retrato pálido mas que foi também menina, moça e alegre. Que é um doce de pedigree, e não um doce improvisado ou imitado dos estrangeiros. Que tem história. Que tem passado. Que já é profundamente nosso. Profundamente brasileiro. Gostado, saboreado, consagrado por várias gerações brasileiras. Amaciado pelo paladar dos nossos avós. Gilberto Freyre

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Bolinhos de peixe com quinoa


Do Andes peruanos ao nível do mar do sul do Brasil, o brilho dos alimentos cultivados e colhidos com primor proporciona resultados sem igual. Nesta receita – que une filés de pescada-amarela recém capturadas pelas mãos dos habilidosos profissionais da pesca de Zimbros (Evandro e sr. Cido), aos grãos de quinoa orgânica cozidos no vapor (da Vapza) –  o bolinho de peixe reina soberano como aliado da alimentação saudável. Os dois ingredientes ganham ainda mais sabor graças ao processo de cocção (são rapidamente assados, em forno elétrico) e dos temperos agregados. Então, vamos aos quitutes, que podem ser degustados sem culpa na Folia de Momo, que já está a reinar nas ruas e passarelas do samba de todo o país.
Ingredientes (para 70 mini bolinhos)

500 gramas de filés de filés de pescada-amarela, livres das espinhas e limpas à perfeição, como manda o figurino da dona Benta e sr. Cido;
250 gramas (1 caixinha) de quinoa Vapza orgânica, já cozida no vapor;
3 tomates sem peles e sem sementes (ou, ainda, ½ lata de tomates pelados);}
3 cebolas bem picadas;
3 ou quatro dentes de alho picados;
Folhas de manjericão rasgadas;
Azeite o quanto bates para cobrir o fundo da panela;
Três colheres de farinha de trigo para que mistura de peixe e quinoa consiga ser moldada;

 





Modo de preparo – Temperar os filés com sal e pimenta. Depois, regar uma panela de fundo grosso com azeite e dourar a cebola e o alho. Agregar o peixe e o tomate.  Abaixar o fogo e deixar cozer lentamente, até que os nacos se desmanchem. Coloque a quinoa. Mexa delicadamente. Acerte o sal. Ao final, coloque vagarosamente o trigo, e apenas misture-o até que se dissolva no cozido de delícias. Deixe esfriar e molde delicadas bolinhas. Asse por 10 minutos em forno pré-aquecido (180ºC). 



Rubia a espera de um descuido


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cozido de Grelha para cobrir gnocchi de batata


É no arroz de carreteiro que os nacos de carnes não devorados nos tradicionais churrascos aportam com maior frequência. Mas é neste 'Cozido de Grelha', onde os pedaços variados de boi e de porco não assados, assumem personalidade única. Para começo de conversa, o menos é mais. Então, antes de colocar tudo o que tem à disposição na grelha, reserve algumas partes de cada pedaço do emblemático evento. Isso é questão de ordem, já que n’outro dia haverá uma opção sem igual para compor o cardápio. Do tradicional filé com mignon, passando pelas ‘bananinhas’, linguiças e costelinhas suína. Todos vão para a panela juntos, principalmente os ladeados por ossos, já que vão proporcionar sabor sem igual ao prato. Para a ocasião, dois gomos de linguiça suíça cortados ao meio; dois finos filé com mignon (com os ossos) e cerca de 500 gramas de bananinha. Basta tirar o excesso de gordura de cada corte e ter à mão 300 ml de molho sugo elaborado com tomates pelados. Se não tiver, opte por uma lata de tomate, que será agregada às carnes.
Cozido de grelha
Modo de preparo  e ingredientes

Retire o excesso de gordura das ‘bananinha’, de dois finos filé com mignon’ e corte dois ou três gomos de linguiça ao meio. Se tiver outros cortes de carne, também vale!!
Pique duas cebolas, alguns dentes de alho e uma pimenta dedo-de-moça. . Em uma panela de pressão, regue um fio de azeite e doure as cebolas, o alho e a pimenta. Agregue as carnes e deixe dourar, mexendo e remexendo lentamente em fogo baixo. Coloque uma 
e uma folha de loro; se começar a grudar no fundo, coloque um pouco de água quente (o suficiente para ir deixando o molho cor de ferrugem). Misture 300 ml de molho sugo ou uma lata de tomates pelados (neste caso, tempere com uma pitada de sal e outra de açúcar para equilibrar a acidez). Se estiver usando panela de barro, este toque é dispensável. Feche a panela e cozinhe em fogo baixo por 20 minutos após pegar pressão. Abra a panela, elimine os ossos, acerte o tempero e, caso não esteja encorpado, deixe cozer por mais alguns minutos com a panela aberta e fogo baixo, mexendo sempre que necessário.
Para acompanhar, gnocchi de batata 

1 kg de batata asterix (que são mais firmes), cozidas ao dente, com casca
300 gramas de farinha de trigo
1 gema de ovo
sal e noz-moscada
Sempre tenho dificuldade em preparar nhoques (gnocchi), sem que se quebrem quando vou enrolá-los – a exemplo de um mini rocambole,  para, depois, cortá-los em pequenos pedaços. Percebi que o problema são os grumos de batatas que restam durante o processo de amassar os tubérculos Então, o segredo é cozer as batatas com casca para não encharcar, ou assá-las; depois, remover a casca e, ainda mornas, passá-las em um bom amassador. Esse processo é fundamental para facilitar a formação das longas 'cobrinhas'. No mais, é acertar os temperos, agregar a gema caipira, a farinha e incorporar bem, com as mãos. Não amassar por demais. De outra forma vai ativar o glúten que vai deixar a massa mole. Corte em pequenas bolas e estique-as com as duas mãos enfarinhadas. Depois de cortá-las, coloque em água fervente em pequenos bocados. Quando subirem à superfície, retire e coloque-as em um recipiente com água e gelo para que o cozimento seja interrompido.

Os gnocchi serão aquecidos quando agregados ao molho fervente antes de chegarem à mesa.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Entardeceu, logo anoiteceu e um novo ano amanheceu!!!










Entre Doces pudins, Calorosas ministras, Suculentos filés, Crocantes e Macias focaccias, peixes perfeitamente Chamuscados na brasa, salsas e pestos Díspares, lasanhas Delicadamente montadas, vôngoles estourados como pipocas para ilustrar comemorações sem igual. Hummmmmmmmm, e as ostras gratinadas¿ As minis lulas salteadas? As paletas de cordeiro morosamente assadas e servidas com fettuccine ao dente!! E nessa lista a ‘vaca na breja’ (recheio de sanduba que se tornou hit do Pastifício) merece destaque.

Tudo entre incontáveis tilintares de taças, que marcaram momentos para lá de especiais. Do primeiro casamento realizado(Aninha e João Victor) a aniversários de pessoas incríveis, que no Pastifício reuniram seus amigos, familiares, filhos.... deixando, no Jardim das Delícias, um pedacinho de suas histórias de vidas (Carol Preussler, Rod Gonçalves, FabiMoro Martins.......). 
Sem falar dos que de outros estados vieram para, por aqui, recarregar suas energias e iniciarem novos ciclos de vidas, e com as mãos, literalmente, na massa (Alê Casolari). 

Há também os que elencaram o ‘canto dos encantos’ como lugar para celebrar os momentos cotidianos da VIDA, que merece ser comemorada (Luciana Dias, Giovana, Elaine Minhoca de Lemos, Adri Perin..). E cada encontro, cada momento, cada celebração foi vivenciada de forma única em todos os âmbitos. Nunca esquecendo do apoio e compreensão de nossas famílias, que comemoram em datas diversas como rituais. 
Faço esta retrospectiva pensando que este é um dos presentes que Deus nesta vida me deu, porque, considero que para se viver serenamente – na verdade que nos é apresentada a cada amanhecer – ter de haver verdade, respeito, parcerias, cumplicidade e satisfação, seja entre sorrisos ou lágrimas, que se esvaíram entre brindes e quitutes. Obrigada a todos que em 2015 compartilharam seus momentos de vida no Pastifício Dell’Amore, direta ou indiretamente. 










Sem esquecer das ‘formiguinhas’ da Vila Ida, pois, juntas, estamos construindo acontecimentos díspares (dos doces e salgados livres de glúten e lactose, arranjos de flores elaborados especialmente para os eventos, até os canteiros de ervas, tubérculos...). De minha parte, graças a energia de todos, iniciei um Novo Ciclo repleta de energia e satisfação, disposta a colorir meus dias com novas cores, saberes e sabores, já que para o ciclo fechar, mais presentes recebi. 














Felizes até breves (Lara Lima Feliz; Célia e Johnny Drescher Miranda); visitas inesperadas de amigos para anunciar que ao encontro de novas empreitadas se vão; ou, ainda, os amigos do coração, que histórias de vidas compartilham e, simplesmente, no sofá se aconchegam para a alma acalentar. Sem jamais esquecer das comemorações natalinas já consagradas - o Natal dos Simpsons, (Saboia Silka Brasil).
                







E como não poderia deixar de ser, tristes despedidas, mas profundamente partilhadas. Amém.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Final Feliz com camarão imperial



Não importa o prato. O que prevalece é o desejo de fazer a mesa do último dia do ano brilhar. Seja da terra, do mar ou do ar, para a ocasião em questão, os ingredientes utilizados ganham mais atenção, mais classe e sobem no pedestal. Afinal, não há nada mais reconfortante do que degustar uma comida boa - daquelas que fazem os olhos fecharem a cada garfada -, no início de um Novo Ciclo. De uma farofa especial a um naco de carne grelhado, a atenção no preparo é redobrada. E se o ingrediente escolhido for o camarão, segue a sugestão: o Camarão Imperial. Para o preparo, apenas alguns graúdos (quatro deles, cortados ao meio). No mais, 400 gramas dos médios, limpos e abertos em ‘borboleta’. Em uma travessa, distribuir, na primeira camada, os camarões médios já salteados na manteiga e temperados com tomilho-limão e sal. Sobrepor os grandes, fatiados, também rapidamente dourados na manteiga. Para finalizar, 250 ml de bechamel 
Molho Bechamel 
(1 colher de manteiga, uma colher de farinha de trigo e noz-moscada ralada. Agregar os dois ingredientes em fogo baixo com um 'arame' - foie. Acrescentar 200 ml de leite fervido, ainda quente. Mexer bem, até adquirir consistência cremosa, sem deixar muito grosso. Caso ocorra, coloque um pouco mais de lente quente. Acerte o sal).
Finalização
Distribua o bechamel sobre os camarões, finalizando com uma colher de queijo cremoso e parmesão ralado grosso. Coloque no forno até gratinar (cerca de 10 minutos, com forno já previamente aquecido)

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Arroz lambe-lambe com ‘roupa de festa’


Ingredientes
(para quatro pessoas)½ quilo de vôngoles (com as cascas bem lavadas e toda a areia removida)
erva-doce ou funcho
250 gramas de mariscos na casca (lavados, com todas as crostas das cascas removidas)
1 xícara mais ½  (chá) de arroz parboilizado
1 xícara (chá) de vinho branco, seco
1 cebola grande picada
dois dentes de alho picados
½ maço de folhas de erva-doce (também conhecido como funcho) rasgados na mão
Azeite de oliva o suficiente para cobrir o fundo de uma panela de fundo grosso e bordas altas
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
1 litro de água
duas folhas (brotos) de limão-siciliano ou, ainda, limão-cravo, mas recém-nascidas
raspas de ½ limão siciliano mais o suco, livre das sementes
1 naco de gengibre fresco ralado (cerca de uma colher de sopa)
1 naco de cúrcuma fresca relada (se não encontrar a raiz, pode agregar uma colher (chá de pós de cúrcuma)
sal
Dois tomates, sem sementes, cortados em pequenos cubos


Modo de preparo
Forre uma panela de fundo grosso e bordas altas de azeite de oliva. Doure o alho e a cebola. Agregue os vôngoles e e os mexilhões. Mexa e remexa. Tampe a panela. Assim que aquecer bem em chama forte (5 minutos) abra e coloque o vinho. Tampe de novo. Os moluscos começarão a ‘pipocar’ na panela. Com as duas mãos, segure firme a panela e chacoalhe bem. Depois, abra novamente,coloque as folhas de limão e o gengibre. Deixe por mais alguns minutos. Reserve os mexilhões (pois as grandes conchas vão impedir que o arroz cozinhe no tempo adequado). Agregue o arroz, salpica o sal, mexa bem e cubra com a água. Assim que o arroz estiver ao dente, ainda com água na panela, volte os mexilhões e coloque a manteiga. Mexa e remexa, desligue o fogo. Coloque as raspas de limão-siciliano e também o suco de ½ limão-siciliano. Rasgue as folhas de erva-doce e sirva distribuindo bem os moluscos sobre um dos pratos. Salpique com os cubinhos de tomates e regue com azeite de oliva.  Sirva imediatamente. P
ara quem desejar, finalize com queijo parmesão.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Para um dezembro repleto de ‘Certas Esperanças’, delicados petiscos de massa filo

Fiori de Filo com recheio de frango, queijo cremoso e especiarias
Neste período em que a temporada de festas está aberta, é preciso, é mais do que preciso, parafrasear Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) na crônica ‘Certas Esperanças’*,  “É preciso — é mais do que preciso, é forçoso — dar boas festas, trocar embrulhinhos, querer mais intensamente, oferecer com mais prodigalidade, manter o sorriso e, acima de tudo, esquecer tristezas e saudades.... Que não me falte aquele almoço honesto dos sábados” ...- e quitutes como estes, que possamos preparar, e... “Nada de coisas impossíveis para que a vida possa ser mais bem vivida. Apenas uma praia para janeiro, uma fantasia para fevereiro, um conhaque para junho, um livro para agosto e as mesmas vontades para dezembro....No mais, continuarei a manter certas esperanças inconfessáveis porém passíveis — e quanto — de acontecerem”.
Para tanto, façamos a mesa estar sempre com um brilho a mais, com delicados quitutes preparados com esmero, recheados com ervas e especiarias e finalizadas de forma a fazer o próprio prato parecer um presente. Com a massa fillo, isso é possível. Basta preparar três ou quatro recheios diversos e moldar as finas folhas de massa com cuidado e habilidade. Ela deve permanecer congelada e durante o uso sempre coberta com um pano úmido. Pode ser adquirida em comércios diversos, bem como a base que usei para rechear as pequenas delícias. No caso, fiz uma de milho fresco, ralado da espiga, outra de Bacalhau e, para completar, Frango à moda indiana. Prepare os recheios e apenas na hora em que vai moldar a massa desembrulhe as folhas de massa Fillo, retiradas do congelador 30 minutos antes da manipulação. Depois de descongelada, não pode retornar ao freezer, mas dura até uma semana se bem armazenada na geladeira. Desta forma, reserve a massa enquanto prepara os recheios.
Frango à moda indiana
·                     250 gr de peito de frango desfiado;
·                     1 cebola roxa bem picada;
·                     azeite de oliva para refogar a carne;
·                     pimenta e sal;
·                     uma pitada de curry;
·                     uma pitada de cominho;
·                     uma pitada de canela em pó;
·                     uma folha de limão moída na ponta da faca;
·                     um maço de tomilho-limão;
·                     um naco de gengibre fresco ralado;
·                     100 gr. de noz moída (pode moê-la na mão para que não se esfarele).
·                     Sementes de mostarda para decorar
Aqueça o azeite e coloque as especiarias para que os aromas sejam potencializados. Agregue a cebola e deixe murchar. Em seguida, o gengibre, a folha de limão e o frango já cozido e desfiado. Refogue por três minutos. Tempere com pimenta moída na hora e acerte o sal. Finalize com duas colheres de queijo cremoso (requeijão, cream cheese, ou o de sua preferência) . Deixe esfriar antes de rechear a massa.
Creme de Milho
·                     100 gr de queijo cremoso
·                     Duas espigas de milho cozidas, debulhadas levemente com uma faca.  Passe rapidamente pelo processador, tempere com sal e noz-moscada. Misture com o queijo cremoso e preencha as folhas de massa com o creme. O formato de flor é o mais delicado e belo. Páprica picante para decorar
Brandade de Bacalhau (para mim, um creme delicioso de bacalhau com batatas)
Ingredientes
·         400 g de bacalhau desfiado cozido com batatas (uma embalagem Vapza)
·         5 dentes de alho 
·         3 cebolas caramelizadas – cortadas em lâminas e fritas lentamente no azeite
·         1/3 xícara de nata
·         1/3 xícara de leite
·         Tomilho-limão
·         suco de 1/2 limão (o que tiver à mão – pode ser o limão-cravo ou o siciliano..)
·         Pimenta dedo-de-moça
noz-moscada ralada na panela
azeite para dourar o alho 
·         2 fatias de pancetta ou bacon com pouca gordura (esse não faz parte da receita tradicional, mas proporciona um sabor sem igual)
Modo de Preparo
Brandade de bacalhau
Doure o alho no azeite, agregue a pimenta dedo-de-moça, a embalagem de bacalhau  Vapza (400 gr. de bacalhau dessalgado, desfiado e cozido no vapor com batatas) e as cebolas caramelizadas. Assim que os ingredientes estiverem bem incorporados, coloque o leite e a nata. Mexa bem. Finalize com o suco de limão, tomilho-limão e azeite. Com um processador, faça um creme, deixando pedaços. Ficam deliciosos quando mordidos no recheio
Erva-doce picada para decorar.
Preparando as folhas de fillo em formato diversos
Trabalhe rapidamente e cubra as folhas que não estiverem sendo usadas para evitar que sequem, pois pode ficar difícil o manuseio caso elas endureçam. Use azeite, óleo de nozes ou manteiga clarificada para polvilhar a Fillo antes de assar as massas salgadas. Sobreponha quatro folhas, untando, com um pincel, cada uma delas. Ao fim, passe uma faca afiada. O rendimento de cada camada de folha vai depender do formato que optar. Três Fiori ou dois ‘embrulhos’.  Distribua os recheios, una as pontas pressionando com os dedos úmidos formando flores. Com um pincel, besunte as bordas e salpique com as especiarias indicados, conforme o recheio em questão. Para o frango indiano, as sementes de mostarda, para o creme de milho, a páprica. Já para o brandade de bacalhau, as folhas de erva-doce. Uma dica importante é não deixar o recheio muito úmido (a exemplo de quando vai fazer uma torta de massa folhada. Assim, não vai umedecer a massa fillo, mantendo-as crocante a cada bocada. Coloque em forma untada. Asse em forno pré-aquecido em potência média (180 Cº), até que fique crocante e douradas – em média, 15 minutos. Se o forno tiver dourador, ligue-o nos 5 últimos minutos.




*A crônica Certas Esperanças foi publicada na revista "Manchete" nº. 193, de 31/12/55.
http://www.releituras.com/spontepreta_esperancas.asp