sábado, 25 de junho de 2016

Spaguetti alla puttanesca


Picante no nome e no sabor, o molho alla puttanesca – quando preparado como dita a cartilha italiana - aquece o paladar e o coração. É prato de se orgulhar. E, confesso:  nunca havia feito, quanto menos saboreado. Considerava uma somatória de ingredientes fortes por demais.  No entanto, a medida certa de cada um deles resulta num sabor sem igual. Vontade de não parar de comer. É prato para se lambuzar. Principalmente porque agreguei, na medida correta, molho sugo recém-preparado, espesso, saboroso. Então, experimente. Vale a pena. Ah, sem esquecer de citar que minhas referências primordiais para a elaboração da refeição foram retiradas de um dos compêndios de Silvio Lancellotti
Spaguetti alla puttanesca (para quatro pessoas)
500 gramas de spaguetti grano duro;
6 tomates (sem pele e sementes) picados;
4 dentes de alho cortados grosseiramente mais um dente inteiro, amassado com a faca;
1 xícara (chá) de azeitonas negras, livre dos caroços e amassadas, uma a uma com os dedos;
40 g de filés de anchova em conserva bem lavadas e moídos na ponta da faca
5/6 pimentas frescas. Usei as pequenas com média picância, com as sementes
Azeite de oliva o suficiente para cobrir o fundo da frigideira do preparo
2 colher de manteiga
2 colher (sobremesa) de alcaparras moídas na ponta da faca
1 litro de molho sugo, espesso, cozido morosamente, feito à perfeição
Queijo parmesão ralado na hora.

Modo de preparo
Aqueça o azeite e a manteiga. Sue os alhos picados e os amassados. Em seguida, em fogo bem baixo, agregue as anchovas até desmancharem. Agora, as pimentinhas cortadas finamente, as azeitonas e as alcaparras moídas. “Mexa e remexa” (como aconselha Lancellotti, no livro ‘100 receitas de macarrão’). Agora, agregue o sugo e deixe incorporar todos os sabores. Em paralelo, o spaguetti já está sendo cozido e deve ser retirado do recipiente antes de estar ao dente, pois vai finalizar a cocção no molho alla puttanesca. Retire a massa da panela e a disponha sobre o molho, mexa e remexa. Sirva em pratos aquecidos. O queijo cada qual serve à sua preferência. 

domingo, 19 de junho de 2016

Com um honesto prato, grandes momentos sempre haveremos de comemorar

Não há como negar. Com um honesto e delicioso prato, grandes momentos sempre haveremos de comemorar. É abrir a geladeira e começar a transformar. Até os menos habilidosos, tem em seu repertório, um banquete a ofertar. O risoto, por exemplo, exige um cozinheiro com destreza e paciência para preparar. Mas, quando feito à perfeição, na memória sempre há de ficar. De minha parte, já o elaborei até ao meu paladar cansar. Mas, como todo delicioso prato, a emoção teima a evocar. Para arrasar, dia desses foi um de alho-poró mais embutido de cordeiro, especiarias e bruxarias.
Para humilhar, Maria de Zimbros não se avexou. Deu conta de uma fogueira feita com toras para, acima delas, acomodar uma pescada-bicuda temperada à perfeição e ovas de tainha, que ficaram lá até defumar. Sabor sem igual, pois sobre o risoto, as ovas defumadas puderam finalizar.


Sendo assim, vamos uma semana iluminada começar, sempre que possível, a cozinhar. Como sugestão, um risoto à perfeição.

Buon apetito a tutti!!!



Receita de Risoto de camarão e alho-poró, incrementado com lâminas de carambola
Para tanto, cascas de camarão, que devem ser frescas; 4 cebolas, uma cenoura, dois talos de salsão – tudo cortado grosseiramente. Ervas frescas envoltas nas folhas mais grossas de alho-poró (salsinha, tomilho, sálvia, alecrim, louro) – envolva as ervas no alho-poró e amarradas com um barbante propício para a cozinha. Para obter um caldo claro, ferva durante 30 minutos em fogo muito baixo, sem deixa entrar em ebulição.

Paralelamente, em outra caçarola, aqueça 100 gramas da manteiga com um fio de azeite. Junte duas cebolas bem picadas e dois bulbos de alho-poró. Na sequência, duas carambolas maduras cortadas finamente. Refogue e agregue o arroz. Coloque duas xícaras de vinho branco seco, mexa bem e, em fogo baixo, espere o vinho ser absorvido, o álcool evaporado. Por hábito, sempre coloco 10% do ingrediente principal, no caso, camarão, para o sabor ressaltar. Depois, coloque o caldo aos poucos, sempre misturando para não grudar no fundo da panela e cozinhar por igual até o arroz ficar macio e molhado. O segredo do risoto é não deixar que ele seque, por isso a medida do caldo não é precisa, tem que sentir o ponto. Úmido, ao dente, com sabor dos ingredientes evidenciados. Colocar o restante do camarão (600 gramas, sem casca), uma colher de manteiga. Misturar bem e desligar o fogo. Assim, se tiver acompanhamentos, como na ocasião, os camarões vão cozer à perfeição e o arroz não secará, nem vai perder a textura ideal. Antes de servir, mexa num mesmo sentido até agregar todos os componentes, por completo. Antes de servir, pode colocar mais ½ colher de manteiga. Proporcionará um brilho ao prato.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Sim, o mar está para tainhas!!!

Aqui, pelas bandas do Sul do país, na costa de Santa Catarina (SC), os pescadores artesanais (e todos os demais envolvidos – direta ou indiretamente no arrastão da tainha) estão sendo beneficiados, com número de exemplares sem precedentes, há três décadas. Lógico que os ventos gélidos estão mais acentuados, o que corrobora com o aumento da migração dos cardumes para a costa. Mas, efetivamente, a captura está sendo tão expressiva em 2016 em decorrência do fechamento da pesca industrial, protegendo, desde 01 de maio) os pescadores de canoa a remo e os profissionais da pesca que trabalham com rede anilhada, que é feita com barco a motor a partir de 800 metros da praia. 

Empolgação de momento ou memória curta, mas a percepção de quem acompanha a safra da tainha desta temporada é a de que nunca caiu tanto peixe nas redes do litoral catarinense. Fato é que os números divulgados oficialmente apontam que se a temporada termine com pelo menos 3 mil toneladas, o que não é improvável, será a melhor de toda a série histórica da pesca artesanal catarinense, considerando as quatro últimas décadas.
pirão
Receitas com gosto da terra

ovas assadas na brasa por Maria de Zimbros












Não há sabor igual ao de um peixe recém-saído do mar. Fruto do trabalho árduo dos nossos companheiros de vida. É sabor de saúde, de felicidade, de recompensa. De minha parte, adoro comer o peixe cortado em ferradura, na longitudinal, em fatias com, no máximo, 2,5 cm, à moda de Benta, que limpa e corta à perfeição. Há os que prefiram a tainha inteira, assada na brasa, recheada com farofa de ovas. Sempre servida com pirão de caldo de peixe ou pirão d’água.
Na hora do corre...
Na hora da fome e da correria, o prato mais comum é o caldo de tainha: as postas do peixe são colocadas na água quente com ervas frescas e depois reservadas. Um pouco de caldo é colocado no prato e cada um faz seu próprio pirão, com farinha de mandioca. Depois, sobre o mesmo, o cozinheiro coloca uma posta do peixe fresquíssimo. Simples e delicioso. E assim foi feito no sábado (28 de maio), em Bombinhas, na praia do Retiro dos Padres. Enquanto os pescadores fazem a contagem (remeiros e camaradas) e dividem o quinhão, há algumas cozinheiras no galpão da frente escaladas para preparar o caldo da tainha. É outra correria frenética. Desta feita, de panelas. 
Na torneira disponível entre a praia e o galpão, forma-se uma fila de cozinheiros para encher as panelas - já preenchidas com verde e cebola - com água. "Eles estão com fome. Temos de correr", relata uma delas, enquanto aguardo um exemplar do peixe.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Arroz de miúdos de galinha caipira



Sálvia
Há quem chame este prato de risoto, mas não seria adequado, já que o arroz utilizado foi o branco (não o arbóreo). O importante é que o resultado foi excepcional. Como base, 500 gramas de moela de galinha caipira cortadas em pequenos nacos e uma coxa, com a sobrecoxa, desossada, também cortada, mas em nacos grandes.

No mais, folhas de sálvia frescas em abundância, caldo de legumes preparado ligeiramente (com cebola, cenoura, salsão e água). O moroso deste preparo é o cozimento dos miúdos do frango. Após picá-los, aquecer azeite em uma panela de pressão e selar a moela rapidamente.


Agregar um punhado de folhas de sálvia (se tiver à disposição, use as folhas menores inteiras). Agregue duas cebolas bem picadas, alguns dentes de alho, gengibre picado e flores de um galho de manjericão. Cubra com o caldo de legumes e cozinhe por 20 minutos, após pegar a pressão. Abra, acerte o sal. Se gostar de pimenta, coloque uma dedo-de-moça picada. Coloque 300 ml de molho sugo ou uma lata de tomates pelados (400 ml). Neste momento, a nostalgia aparece. A mais do que compartilhada – em momentos díspares - porção de moelas do Bek’s Bar (em Curitiba).

Bom, se desejar servir como porção, agora é o momento. Apenas confira o ponto de cocção e sirva salpicada de verde e queijo ralado. Se o arroz continuar o preterido para a refeição, incorpore os demais pedaços da galinha caipira e agregue bem os insumos. Tampe novamente por mais 15 minutos. Depois deste tempo, abra, coloque uma xícara de arroz branco. Se estiver seco demais - abaixo dos pedaços de galinha, adicione mais uma xícara de caldo, ou água quente. Misture bem e deixe o arroz ao dente, sem deixar secar - cerca de 10 minutos de cozimento. Sirva quente, com verde e parmesão. É prato da felicidade, seja pela nostalgia, como pelo sabor. 
Ingredientes (para quatro pessoas)
500 grs. de moela de frango caipira
1 coxa mais a sobrecoxa desossada

1 xícara de arroz branco
3 cebolas picadas
1 colher de gengibre picado
dentes de alho picados grosseiramente
flores de um bulbo de manjericão
1/3 de xícara de folhas de sálvia
2 pimentas frescas picadas (dedo-de-moça)
300 ml de molho sugo ou 1 lata de tomates pelados (400 ml)
500 ml de caldo de legumes (3 cebolas, 1 cenoura, 1 bulbo de salsão. tudo picado e cozido com ervas aromáticas por cerca de 20 minutos. Peneirar e usar como base para o preparo).
Azeite de oliva para selar os nacos de franco
Verde e queijo parmesão para finalizar o prato

domingo, 22 de maio de 2016

Guisado de carneiro cozido à perfeição

     


Havia tempo que ensaiava preparar um guisado de carneiro, cozido com especiarias, ervas e alguns legumes, finalizado no forno até obter nacos de carne sedosos, brilhantes e temperados à perfeição. Dias desses comprei um pernil pequeno, de cerca de 1,5 kg. Desossei (o que não é tarefa difícil quando se trata deste pedaço), agreguei sal, cominho, um pedaço de açafrão e outro de gengibre ralados na hora, óleo de gergelim, louro e um pau de canela pequeno.
Em seguida, massageei todos os pedaços e, na sequência, selei em uma panela de barro, que pode ir ao forno. Lacrei com uma folha de alumínio e coloquei no forno elétrico por cerca de 1h. Refeição dos deuses. Para acompanhar, lentilhas cozidas ao dente, agregadas a porção igual de arroz branco. O prato foi finalizado com salsinha picada e uma colher de nata.
Ingredientes
1 pernil de carneiro de cerca de 1,5 kg.
1 pitada de cominho
2 folhas de louro
1 pedaço pq de gengibre
1 pedaço pq de açafrão
Sal, óleo de gergelim, uma cenoura, duas cebolas
Modo de preparo

Com uma faca afiada, desossar o pernil e cortar a carne nacos grandes. Temperar com o cominho e o sal. Ralar o gengibre e o açafrão (se não tiver fresco, use açafrão em pó. Corte as cebolas e a cenoura em pedaços grandes. Regue o óleo de gergelim e misture bem, com todas as especiarias. Em uma panela de barro, sele os pedaços. quando todos estiverem levemente dourados, lacre a panela com uma folha de alumínio e asse em forno convencional ou elétrico por cerca de 1h. Sirva com lentilhas cozidas ao dente.
Para acompanhar, lentilhas cozidas ao dente, agregadas a porção igual de arroz branco. O prato foi finalizado com salsinha picada e uma colher de nata.



 

domingo, 15 de maio de 2016

Torta de carne, um bocado do paraíso

Envolta em uma lâmina crocante de massa folhada, dourada à perfeição, uma voluptuosa camada de carne. Ao mordê-la, os nacos de cenoura ao dente e as ervilhas frescas explodiram na minha boca. Hummmmmmmm, que delícia, pensei. E olha que foi uma fatia roubada, logo, fria, da torta de carne que preparei ontem. É uma versão do que chamam de torta inglesa de carne. Já havia preparado, mas com tanta habilidade, não! O segredo, além do tempero e do ponto de cocção da carne, é preponderantemente assá-la por igual. Nem que, para isso, precise ficar virando, conforme o tempo passa. É uma verdadeira refeição. Basta servi-la com uma salada e pronto. 
Ingredientes para o recheio
1 kg de acém, livre de ossos e nervuras
3 cebolas
2 dentes de alho
uma pitada de cominho
1 pimenta dedo-de-moça picada, sem sementes
duas cenouras cortadas em cubinhos (uniformes)
1 talo de salsão cortado em cubinhos (uniformes)
2 xícaras de ervilhas frescas
sal
louro
3 colheres de molho inglês
200 ml de vinho branco (a tradicional é feita com cerveja)
1 colheres rasa de farinha de trigo
água para o cozimento da carne
2 colheres de manteiga (uma para a carne, outra para untar o recipiente onde vai assar)
uma lâmina de massa folhada de 500 gramas
1 ovo batido para pincelar a massa folhada antes de colocá-la no forno
azeite o suficiente para besuntar o fundo de uma panela pequena de pressão

Modo de Preparo
Na primeira etapa, corte a carne em cubos médios, tempere com o cominho. Aqueça o azeite, doure os nacos de acém, agregue a cebola, o alho, a pimenta, o louro e o molho inglês. Acerte o sal e deixe no fogo até o sumo da carne evaporar. Coloque o salsão. Cubra com água, feche a pressão e cozinhe por 20 minutos. Abra a panela e prove o ponto da carne. Deve estar macia, mas não deixe passar para não se tornar uma paçoca de acém. Se estiver ao dente, agregue a cenoura. Cozinhe por 5 minutos. Coloque as ervilhas, uma colher de manteiga. Ainda no fogo, bem baixo, coloque uma colher de farinha. Misture bem até encorpar. Deixe esfriar.

Em paralelo, unte uma travessa de vidro para que possa conferir o ponto de cocção da massa folhada. Ela deve ficar dourada por igual. Forre com a massa folhada e reserva parte dela para cobrir a torta. Pressione bem os cantos. Distribua o recheio. Cubra com o restante da massa e feche com as pontas dos dedos, unindo o fundo com a cobertura. Faça pequenos furos na superfície para que o vapor saia. Pincele o ovo batido. Para a ocasião, salpiquei parmesão ralado grosso.
Agora, é só assar. Cerca de 30 minutos. Depois de dourada por igual na parte inferior, coloquei no forno elétrico para dourar por igual a superfície.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Honorável molho vermelho

farfalle finalizado no sugo
                                                       





Consistente pela morosa cocção, brilhante e com um aroma sem igual. Trata-se do singular al sugo, molho que participa de obras-primas da culinária de países diversos. É um salva-vidas na cozinha, pois vai bem com polenta, pode rechear uma panqueca, regar um prato de massa  seca, enriquecer nacos de carne já cozidos, ser a base para o cozimento de bolinhas perfeitas de polpetas. Enfim, transforma refeições.  

nacos de linguiça cozidos no sugo
rabada de boi finalizada com sugo
De fácil preparo, exige apenas paciência. O que tenho elaborado é um atalho do primoroso 100% artesanal, mas que é por demais saboroso. Leva uma cebola, dois dentes de alho, manjericão, 1 pitada de sal e louro frescos mais azeite. Depois, uma generosa porção de tomates pelados, aqueles das latinhas (1 lt de 400 gramas, para 2 pessoas). Para driblar a acidez dos frutos, 1/2 colher de chá de açúcar mascavo.  Não há como errar. Já no início do cozimento, coloco o mixer na panela para agregar todos os sabores (se o louro não for em brotos, retiro a folha e depois retorno à panela). Para cada lata de tomate, adiciono 1/3 da mesma de água. Depois, abaixo o fogo e deixo reduzir 50%. Depende da quantidade que vai preparar, mas uma lata de tomate, cozinha em 20 minutos.

Ragù semplice alla napoletana
Seguindo os preceitos da vera coccina italiana, durante alguns anos preparava o ragù semplice alla napoletana, que leva tomates frescos livres de pele e sementes, cenoura e folhas de salsão. Ocorre que faço quantidades significativas de sugo, e quando congelo é por alguns dias apenas. Para o preparo, limpava, em média, 10 quilos de tomates, duas vezes por semana. São frutos que quando não orgânicos guardam agrotóxicos por demais. Desta forma, passei a trabalhar com os tomates pelados.
Mas se você tiver em mãos tomates orgânicos, faça como os italianos: 
uma passata (purê de tomates) ou al pomodoro (com tomates em pedaços) feitos com o fruto na íntegra. a palavra é mágica. Enquanto trabalhávamos, Gianni gritava "Che cosa mangeremo? Puo essere una pasta com sugo! 



terça-feira, 10 de maio de 2016

Irresistíveis lâminas de legumes


Pratos deliciosamente frescos, saborosos e de rápido preparo. Com algumas abobrinhas e berinjelas frescas, o cardápio pode se tornar uma refeição acalentadora e encantadora. Para tanto, uso uma chapa de ferro que coloco sobre a boca de um fogão e apenas unto com azeite. Depois, fatio duas berinjelas para uma ‘lasanha’ e duas abobrinhas para saladas diversas – ambos os legumes cortados na longitudinal, em lâminas.

Acomodo-as sobre a chapa de ferro já quente e agrego ainda mais sabores. Ambos os legumes ficam levemente caramelizados quando grelhados. No caso da abobrinha, reservo uma delas já laminadas para uma salada fria.
E vamos ao cardápio: lasanha de berinjela (com molho sugo, ricota temperada e parmesão para finalizar); 
camadas de berinjelas grelhadas, sugo e ricota temperada
salada morna com abobrinha, berinjela e fatias de queijo. 

Para agregar texturas, uma salada crocante de abobrinha, com as finas lâminas temperadas com suco de limão, azeite, uma pitada de sal, sementes de gergelim e tomilho-limão.
abobrinha laminada, temperada com limão, azeite.
e especiarias
E quando o ciclo dos alimentos da estação chegar ao fim, as delícias colhidas podem ser transformadas em compotas, conservas, pestos, geleias e marmeladas de legumes, frutas, hortaliças e outras infinidades de quitutes, que se tornam os tradicionais antipastis. Alguns preparados apenas com azeite e ervas frescas, outros com misturas de azeite, vinagre de vinho, sal e ervas frescas.Quanto as embalagens que serão utilizados para armazenar as delícias, o ideal é escolher as menores, já que enquanto fechadas, algumas formas de preparo preservam os produtos por meses e até anos; já depois de abertas devem ser consumidos rapidamente. 

Lasanha de berinjela
Duas berinjelas laminadas e grelhadas na chapa de ferro ou, ainda, em panela de fundo grosso. Também podem ser pinceladas com azeite e assadas no forno. O processo é rápido. então, o cuidado é para que não assem em demasia. Devem preservar a umidade.
À parte, tempere 500 gramas de ricota úmida (a mais cremosa que encontrar) com sal, verdes e azeite. Tenha em mãos, 300 ml de molho sugo e parmesão para finalizar.
para montar, basta começar a primeira camada com sugo, depois berinjela, ricota....em média cinco camadas. Finalize com parmesão. Asse por 10 minutos, até gratinar.

 

domingo, 1 de maio de 2016

Quirera com suã


suã na panela, com ervas, cebolas mais alho
É chegada a hora de alçar mão de sabores reconfortantes. Aqueles pratos que agreguem ingredientes saborosos, que aquecem o corpo e acalentam o apetite, a exemplo desta quirerinha com suã. Este corte fica ao lado do lombo do porco e junta a suculência dos ossinhos da costela à maciez da carne, por mais que, no caso, ‘o mais, seja menos’, já que a carne é pouca, mas o sabor, inesquecível!

bisteca de porco











Para a ocasião, também usei três fatias finas de bisteca, que foram preparadas à parte e agregadas à panela ao final do preparo.
A carne, preparei na panela de pressão. Já a finalização, com a quirera, no fogão a lenha. Lógico que o sabor é sem igual, mas use o fogão convencional. Ingredientes (para três pessoas)
1 kg de suã;
250 gramas de bisteca (três fatias finas);
Três xícaras de quirerinha;
200 ml de molho sugo (previamente preparado);
Ramos de alecrim, com as folhas moídas na ponta da faca;
Umas dez minis cebolas inteiras;
1 cabeça de alho, com os dentes picados grosseiramente. Três deles para serem macerados;
Azeite o quanto baste para forrar o fundo de uma panela mais o necessário para besuntar todos os nacos de carne;
1 colher de sementes de erva-doce;
Sal
2 folhas de louro frescos;

O tempero da carne - Para temperar os nacos de porco, macerei sementes de erva-doce (uma colher) com dentes de alho. Depois, misturei azeite. Piquei algumas ramas de  alecrim (só as folhas). É chegada a hora da massagem. Salpique sal e o alecrim picado por todos os pedaços (suã mais bisteca) e massageie com as sementes, alho e azeite macerados. Deixe descansar por 30 minutos.
A quirera - Em paralelo, disponha três xícaras de quirera e dissolva em quatro de água fria. Mexa bem e reserve.
Para a finalização - Para este prato, também usei 200 ml de molho suco (pode abrir mão, mas se tiver congelado da última vez em que preparou, use. Vale a pena).
Modo de preparo
Em uma panela de fundo grosso, aqueça o azeite com o louro e doure as fatias de bisteca, virando, cada qual a seu tempo. Reserve. Agora, o suã vai para a panela. Doure todos os nacos, virando sempre que necessário. Um truque é não virar mexendo na carne. Paciência neste processo é uma virtude. Então, espere estar bem dourado para virar. Teste com um garfo apropriado (longo), levantando a borda. Depois, agregue os alhos e as cebolas. Regue um fio de água quente e incorpore os sabores. Agora, o molho sugo. Na sequência, água quente o suficiente para cobrir. Feche e cozinhe por 20 minutos. Abra a panela. Coloque na boca do fogão a lenha ou convencional (em fogo baixo) e despeje a quirera, A panela deve ser grande, por isso. Neste momento, o milho deve ser dissolvido e cozer lentamente.

Pronto. Em 20 minutos, o prato estará pronto. Finalize com as bistecas. No prato, regue um vinagrete feito com tomates, alho e verde. As texturas colaboram ainda mais com a delicadeza deste prato.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Temporada de lulas frescas expande com sol a irradiar dias calorosos

Mesmo com o galgar do outono, o sol ainda emana seus raios calorosos pelas bandas do sul do País (Bombinhas/SC). Com isso, os frutos do mar que são pesca fácil em águas mais quentes, continuam presentes ainda frescos nos cardápios. Por isso, para as refeições desta semana, as lulas recheadas com shiimeji reinam soberanas. Para o recheio, o cogumelo fresco foi refogado no óleo de gergelim com ervas frescas (tomilho-limão e salsinha), cebolas, gengibre e alho picados, além de três fatias de torrada moídas.
O truque? Sim. Sempre há um truque que torna tudo ...simples assim!!!!
Desta feita a dica é para o preparo da lula. Assim como o polvo, a lula também é alvo para desesperar qualquer cozinheiro. Em linhas gerais, compêndios explicam: cozinha 60 segundos ou então 60 minutos. No intervalo entre os dois, não estará boa. Exageros à parte, a frase faz sentido. Ao colocar o molusco sobre fonte de calor, ele vai enrijecer e quebrar as fibras, tornando-se de fácil manipulação. Então, o TRUQUE: após lavar bem cada um dos ‘bichos, tirando qualquer espinha interna e separando os tentáculos, colocá-los num recipiente fundo e cobri-los com água fervente. Deixá-los por cinco minutos, tirá-los e secá-los. Pronto. Bruxaria quebrada. Agora, opte pelo preparo que mais lhe agrada, como apenas salteando os nacos em azeite mais manteiga; ou corte em anéis, doure ligeiramente numa frigideira e agregue-o a uma pasta com outros frutos do mar. Enfim. Truque dado, vamos à receita.
http://pastificio.blogspot.com.br/2012/07/sabor-acoriano-lula-com-miga.html


Lula com toque oriental, recheada com shiimeji picado (para cinco lulas médias)
http://pastificio.blogspot.com.br/2012/07/sabor-acoriano-lula-com-miga.html
- Separe os tentáculos e as aparas, fazendo cortes transversais, como indicado acima. Serão salteados à parte e agregados ao prato.
- Neste momento, as lulas já descansaram cinco minutos na água fervente e estão separadas;
- Então, tempere com sal e, para a ocasião, cominho em pó.
- Agora, numa panela de fundo grosso, aqueça óleo de gergelim e salteie dois dentes de alho, duas cebolas picadas, um naco de gengibre. Agregue 200 gramas de shiimeji picado. Deixe apenas murchar. Agregue ½ dedo-de-moça sem semente bem picadinha. Com as mãos, moa três ou quatro torradas de pacote, ou a do pão que preferir (deve estar bem crocante). Agregue 1 colher de manteiga. Pronto. Agora, as lulas já estão firmes, limpas e prontas para serem recheadas. Com uma pequena colher, coloque o recheio delicadamente. Feche com um palito. Se sobrar recheio, ele vai ser utilizado na finalização do prato.
Finalização
Numa panela de fundo grosso, aqueça uma colher de manteiga mais uma de azeite. Disponha três lulas de cada vez para que não resfriem o recipiente. Não mexa. Deixe dourar por três, quatro minutos em fogo médio. Repita o processo do outro lado. Assim que estiverem cor de caramelo por igual, despeje uma dose de conhaque para flambar as bordar e desprender os resíduos. Reserve e repita o processo para a segunda leva. Assim que retirar, agregue os tentáculos e as aparas cortadas finamente com a ponta da faca e deixe refogarem até retorcerem. Finalize com mais um pouco de óleo de gergelim e cogumelos, se estiverem sobrados.
Pronto.

Para a ocasião, foi servida com feijão branco salteado com sálvia e alho. Para completar, filé de pescada empanado na farinha panko.

No mais, 

No mais, Rubia continua a se divertir nas águas límpidas de Zimbros